Osteossarcoma
O osteossarcoma é o mais comum tumor ósseo maligno primário. Atinge predominantemente crianças, adolescentes e jovens adultos. Geralmente ocorre em ossos longos, como fêmures, tíbias e úmeros, bem como nos ossos da pelve.
Os principais sintomas deste tipo de tumor são dor, tumoração visível e/ou palpável. Com o crescimento do tumor, pode haver aumento da temperatura na região e presença de vasos sanguíneos dilatados.
Este tumor ósseo maligno, geralmente de alto grau, é na maioria das vezes diagnosticado em pacientes entre 10 e 15 anos, com um segundo pico em adultos acima dos 40 anos. Corresponde a 30% das neoplasias ósseas primárias malignas, com uma frequência de três casos novos por milhão de habitantes por ano e uma prevalência maior no sexo masculino, na proporção de 1,5 a 2 homens para cada mulher com o diagnóstico.
Cerca de 90% dos casos estão localizados em ossos longos das regiões do joelho e úmero, que são locais com placas de crescimento mais ativas.
Sintomas e diagnóstico
As principais queixas de pacientes com este tipo de tumor são inespecíficas, como dor de intensidade variável, algumas vezes de caráter intermitente.
O diagnóstico se inicia com a história clínica do paciente e exame físico completo, em que se pode observar inchaço do membro, aumento da temperatura, alteração da coloração no local e dor na palpação.
Em 5 a 10% dos casos, são diagnosticadas também fraturas patológicas.
É sabido que a disseminação dos sarcomas ósseos ocorre pela circulação sanguínea, levando à metástases pulmonares, que são clinicamente detectáveis em 20% dos casos.
Tratamento
O tratamento do osteossarcoma requer uma abordagem multidisciplinar, incluindo oncologistas clínicos, oncologistas ortopédicos, radiologistas, patologistas, psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas.
Os principais protocolos para o tratamento dos osteossarcomas indicam a realização de quimioterapia neoadjuvante, seguida de cirurgia para controle do tumor primário e quimioterapia adjuvante.
O objetivo da quimioterapia sistêmica é atuar na doença micrometastática, bem como tratar a doença localmente avançada, permitindo uma cirurgia com preservação do membro.
Prognóstico
O principal fator prognóstico na sobrevida é o grau de resposta à quimioterapia: bons respondedores apresentam necrose do tumor acima de 90% da peça ressecada.
A presença de metástase, que ocorre por via hematogênica, acometendo principalmente o pulmão e os ossos, é o fator de pior prognóstico.